sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Laptops distribuídos a professores do RJ geram mais uma polêmica

Matéria publicado no jornal A Tribuna, de Niterói, em 07/08/2009:

Estado perdeu o controle dos laptops distribuídos
Texto: Pamela Araujo

O Estado pode ter perdido o controle dos 50 mil laptops distribuídos aos professores da rede pública, sob regime de comodato (cessão de uso), em 2008 e neste ano. Professores de colégios estaduais de Niterói estão sendo orientados a levarem o equipamento às unidades de ensino em que lecionam para realização de um cadastramento técnico do computador móvel. Mas os profissionais questionam que um termo já foi assinado durante a entrega do aparelho, e portanto, se recusam a levá-lo.

Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), Beatriz Lugão, o cadastramento reforça a ideia de que o equipamento não é do professor. “Se fosse do professor, não se faria tanta exigência, não se imporia tantas condições. Mas o estado recadastra tudo a todo o tempo, e nos leva a pensar o que aconteceu com o registro anterior. Ao mesmo tempo detêm um sistema informatizado, o próprio contra-cheque ilustra isso. Por que há controle para algumas coisas e para outras não?”, questiona.

Lugão rememora que o SEPE sempre foi contra a distribuição dos laptops, vistos como uma espécie de “cala boca” à categoria, que luta por reajustes salariais. “Ao invés de se discutir a questão do salário dos professores, foram investidos mais de R$ 70 milhões na compra de laptops, que não são dos professores, já que quando saem da escola estes têm que devolvê-los. Além disso, não queremos brinde, queremos salário. Esse dinheiro poderia ter incluído mais de cinco mil professores de 40 horas no plano de carreiras. Um salário digno permitiria que o professor comprasse não apenas seu laptop, mas livros e também assinasse jornais e revistas, enfim investisse na sua atualização. Outro fator que não foi pensado é que nem todos os professores têm carro e geralmente trabalham em mais de uma escola, e por isso a maioria não leva o equipamento para as aulas, com medo de assaltos”, afirma.


Para uma professora da Zona Norte de Niterói, que preferiu não se identificar, a entrega do laptop foi feita para promoção do Governo do Estado e na prática não funciona conforme o planejado. Ela se recusa a levar o computador móvel para cadastramento e afirma que outros profissionais também. “Essa história de laptop foi uma grande maquiagem para fazer propaganda do Governo do Estado. Tudo não passa de uma grande desorganização, bagunça. Se eles deram uma vez, para que precisamos agora levar o laptop para fazer uma coisa que já foi feita”, disse.


Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) informou que “está investindo amplamente na modernização das unidades escolares estaduais, e como primeira medida, começou a distribuir, no ano passado, notebooks para os professores da rede em regência de turma, com o objetivo de que eles acompanhem as novas tecnologias e tenham em mãos uma ferramenta do século XXI, para trabalhar com os alunos, no planejamento das aulas ou mesmo em casa”.

Segundo a secretaria, a entrega dos laptops aconteceu em regime de cessão de uso. No ato do recebimento da máquina, os docentes assinaram um termo de guarda e responsabilidade. Caso o profissional se aposente, ou necessite se afastar das atividades escolares por mais de 90 dias – conforme estabelece a Resolução 4198 - deverá devolver o equipamento à escola onde está lotado, a fim de que seja redirecionado a outro professor.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Internet: amiga ou inimiga da educação?

Texto tirado do site do Imasters


A internet, muitas vezes, é vista como inimiga da educação. Retratada como um ambiente descontrolado onde sobra material pornográfico, inutilidades várias e artigos de cultura inútil. Mas alguns profissionais, atualizados com as evoluções no mundo da comunicação e da web, enxergam esse mundo possível com outro olhar: nessa terra sem lei, sobram oportunidades, mesmo que anárquicas, de conhecimento, ferramentas usáveis na sala de aula e fora dela, úteis na hora de manter o aprendizado dos alunos em momentos de diversão e descontração.

A Wikipédia é um dos exemplos mais claros de como o digital pode favorecer o conhecimento e o desenvolvimento intelectual. Com 7,5 milhões de artigos, o site colaborativo pode ser alterado por qualquer um e se apresenta como uma poderosa ferramenta educacional. O site possui vários portais de conteúdo educativo com materiais de Arte, História, Matemática e Filosofia.

Mas é importante deixar claro que a internet só é fonte de conhecimento quando o usuário procura por esse conhecimento. Caso contrário, a criança ou o jovem desviarão de todo e qualquer conteúdo interessante e atingirão materiais que não agregarão a sua formação.

É nesse momento que o educador entra em cena. Mostrando caminhos, abrindo trilhas pelas teias de informação e mostrando o alvo certo ao aluno. A escola deve ultrapassar as cadeiras tradicionais e invadir o espaço eletrônico, ensinando o aluno a utilizar com consciência o mundo de possibilidades que é a internet. Não podemos esperar que uma criança de nove anos prefira o site da TV Escola aos jogos do Cartoon Network, é função de pais e educadores mostrar que sites educativos podem ser interessantes e divertidos.

Quanto aos adolescentes, muito do que eles sabem sobre a internet foi aprendido de forma autodidata, e muito desse aprendizado não foca na qualidade, mas na facilidade. Um exemplo claro é o número de trabalhos feitos na base do "copia e cola". Esse mau hábito pede por reeducação, conscientização dos jovens, no sentido de que o aprendizado acontece superficialmente com um método no qual uma pesquisa acontece apenas com o clique do mouse, e não com o bater do teclado e o giro do pensamento.

Cabe a pais e educadores, a partir das informações aqui contidas e em outros inúmeros artigos sobre internet e aprendizado, decidirem como usar essa poderosa ferramenta, a favor ou contra, amiga ou inimiga da educação e do desenvolvimento intelectual de seus filhos e alunos.

Autor - Eduardo Shinyashiki é consultor, palestrante e diretor da Sociedade Cre Ser. Autor do livro Viva Como Você quer Viver, da Editora Gente. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Workshop no Cinema Nosso debate as relações entre mídia e educação

Encontrar as melhores formas de integração entre comunicação e educação em sala de aula é o tema do workshop “Mídia e Educação”, que acontece no dia 16 de julho (quinta-feira), às 18h, na Escola Audiovisual Cinema Nosso (Rua do Rezende, 80, Lapa, Rio de Janeiro / RJ). Quem dará o workshop será a voluntária inglesa Beth Titchiner, mestranda em Mídia e Desenvolvimento com Foco em Educação, da Universidade de East Anglia, Norwich, Inglaterra. O workshop é gratuito e focado para professores e educadores em geral. As vagas são limitadas.

Há nove meses no Brasil, Beth Titchiner realizou diversas pesquisas sobre o educador pernambucano Paulo Freire, e somou os resultados com os trabalhos de outros pensadores em comunicação dos Estados Unidos e Inglaterra. Com o material, a voluntária pretende mostrar a professores e educadores brasileiros a ligação entre educação e comunicação, chamada de “Critical Media Literacy” (Educação e mídia críticas).

- É preciso mais comunicação nas escolas, não apenas fechada dentro de sala de aula, mas entre ela e a comunidade, além de desenvolver o senso crítico dos alunos e torná-los mais comunicativos - afirma.

Beth também citará as experiências implementadas em São Paulo pelo professor e educomunicador Ismar de Oliveira Soares, explicando assim o conceito de Educomunicação (conjunto de atividades voltado para o conhecimento do uso dos meios de comunicação numa perspectiva de prática da cidadania, segundo o próprio Ismar de Oliveira Soares).

No final, a voluntária inglesa trocará experiências com os educadores sobre formas de se construir em conjunto uma educação mais participativa em sala de aula, como forma de aproximar e aprimorar a comunicação entre professores e alunos. Se você é professor ou educador, não perca esta oportunidade de saber mais sobre as relações entre Mídia e Educação.
As vagas são limitadas.

Workshop “Mídia e Educação”
Data: 16 de julho (quinta-feira)
Horário: 18h
Local: Escola Audiovisual Cinema Nosso (Rua do Rezende, 80, Lapa, Rio de Janeiro / RJ)
Valor: gratuito
Vagas limitadas
As inscrições podem ser feitas pelo telefone (21) 2505-3300 ou diretamente na Escola Audiovisual Cinema Nosso.

sábado, 20 de junho de 2009

Lan Houses a caminho da responsabilidade social

Apoiado por Regina Casé, projeto CDI Lan quer mudar o cenário desses estabelecimentos

Lan Houses são onde 48% dos usuários brasileiros se conectam à internet, constituindo a forma de acesso de 82% dos que ganham até um salário mínimo. Segundo pesquisa do Comitê Gestor de Internet do Brasil, as lan houses são hoje o caminho mais curto para facilitar e ampliar o acesso à tecnologia. Mas para que elas promovam uma inclusão digital efetiva e completa é preciso que façam uma ponte entre educação, cidadania e empreendedorismo e que se transformem em negócios socias, ambientais e sustentáveis.[...]

- Continue lendo essa matéria no blog Catalisando de Carlos Alberto Teixeira.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Show na Praça da Cantareira inicia mobilização pela Conferência de Comunicação

Zé Katimba, um dos fundadores da Imperatriz Leopoldinense, e seu filho Inácio Rios estarão no palco Pró-Conferência de Comunicação, na próxima segunda-feira

Na próxima segunda-feira, 22/06, a Praça de São Domingos (Praça da Cantareira), em Niterói, será palco de um show com alguns dos principais artistas da cidade. O evento faz parte da mobilização popular para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada nos dias 01, 02 e 03 de dezembro de 2009, em Brasília, com o tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital”. (Outras notícias sobre a conferência, clique aqui.)
Antes do show, haverá uma audiência pública na ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), para discutir a etapa estadual da conferência.

Segue a programação:

22/06/2009, segunda-feira
14h às 17h – Audiência Pública Pró-Conferência Estadual de Comunicação na ALERJ

Rua Primeiro de Março, s/nº – Praça XV – Rio de Janeiro

18h às 22h – Show
Praça da Cantareira – São Domingos – Niterói

Zé Katimba & Inácio Rios
Claudio Salles & os @liens,
Via Jah
Giras Gerais
Johanne Russel
Pedra Sonora
Lado B do Baul
Nissin Instantâneo e Geninho Beat Box

Poesia com : Beatriz Provazi e Rafael Pimenta e Tchello Mello.

Intervenções e Vídeos: Arte Jovem Brasileira e Ricardo Pimenta (Galeria do Poste).

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aulas @presenciais e colaborativismo cognitivo

Introdução do Prof.º Massimo Di Felice - ECA/USP às aulas sobre o processo de conhecimento como processo de superação dos limites culturais, geográficos e interpretativos e sobre o papel da técnica na construção do conhecimento e das práticas habitativas. É um ótimo exemplo da utilização das tecnologias para o trabalho acadêmico.



parte I




parte II


quarta-feira, 3 de junho de 2009

I WikiEncontro


Divulgo um evento que se relaciona com os assuntos que estamos debatendo em sala. Aproveitem!

Tecnologia e produção colaborativa

  • Que futuro desejável as novas tecnologias nos permitem?
  • Como fazer com produção colaborativa possa ainda mais revelar o talento, potenciais e poder de transfomação dos coletivos ?
  • O experimento deste WikiEncontro é a criação de personagens, missões e ambientes:em nossos futuros desejáveis quem esta fazendo o que e onde?
Especialistas internacionais e nacionais em tecnologia e comunicação, que, com seu trabalho e pesquisa constroem o futuro no presente, nos descrevem o como imaginam e desejam esses futuro desejáveis.

O Wikiencontro tem formato inovador e criativo combinando Seminário, Oficina e Performances e utiliza linguagens artísticas e colaborativas e participação virtual em tempo de diferentes países Ibero americanos.

Unidos pela tecnologia, os convidados de diferentes países participam pela internet e presencialmente proporcionando idéias ao público. Em seguida, vamos criar personagens, missões e ambientes de futuros desejáveis. Finalmente, os elementos criados serão combinados em uma performance interativa entre atores presentes e virtuais. O objetivo é esboçar roteiros que possam inspirar games de futuros desejáveis.

Iremos disponibilizar ferramentas que facilitem o processo, para isso é necessário que os interessados levem seus computadores.
Data: 09 de junho de 2009
Local: Centro Cultural Oi Futuro, Rio de Janeiro
Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 Flamengo
Rio de Janeiro - RJ


A programação completa pode ser acessada em: http://iberoamerica.criefuturos.com.br/programao.html

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Autoavaliação da aprendizagem


Ilustração: Marlon Amaro

No encontro sobre Gestão da comunicação na escola, falamos sobre processo de avaliação, que envolve não só a avaliação do aluno pelo professor, a partir de provas, trabalhos e participação em aula, mas a análise do processo de ensino por parte do aluno. Nesta atividade, o aluno é convidado a refletir sobre a estrutura oferecida, o desempenho do professor, os conteúdos trabalhados, os textos e materiais utilizados, a metodologia empregada e também sobre seu próprio desempenho como aluno.
Na aula seguinte, foi a nossa vez de responder a um questionário de avaliação global da disciplina, que, como eu disse, tem o objetivo de refletir sobre o andamento do curso sob diversos aspectos, para que os eventuais erros possam ser corrigidos, as atividades e discussão sejam melhoradas e os resultados sejam alcançados de forma satisfatória. Este tipo de atividade é sempre muito estimulante para o professor, mesmo que os alunos se sintam um pouco incomodados a princípio, já que esta não é uma prática comum nas escolas e universidades.
Os questionários respondidos apontam para a dificuldade - por parte da professora e dos alunos - de equilibrar uma aula expositiva com o debate coletivo, a discussão teórica com a prática, um modelo tradicional de aula com um processo de ensino e aprendizagem que possa dar mais autonomia para os alunos e utilizar meios e conteúdos que estão fora da sala de aula e dos textos disponibilizados. É com base nesses apontamentos que trabalharemos até o final do semestre.

Coincidentemente, recebi hoje por e-mail um texto sobre a prática de autoavaliação da aprendizagem, escrito por um psicólogo de Niterói que trabalha com avaliação na educação. No texto, ele se refere ao trabalho com crianças, mas podemos estender a reflexão para qualquer faixa etária e para o nosso próprio processo na disciplina Mídia e Educação.
Para acessar, clique aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fim do jornal de papel?

Ontem, em sala, conversamos sobre o jornal impresso, e, claro, surgiu a questão: "O jornal impresso vai acabar? Vai continuar o mesmo? Ou o jornal impresso como é hoje terá de ser repensado?". Coincidentemente, ao abrir o blog do LabCULT hoje, me deparei com uma postagem do Heitor da Luz, doutorando do programa de Pós-Graduação em Comunicação, sobre o tema.

Quem quiser ler e participar da discussão, pode acessar este link.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Intercom Sudeste 2009

De 6 a 9 de maio, acontecerá na UFRJ o Intercom Sudeste 2009. O tema deste ano tem tudo a ver com a nossa disciplina: "Comunicação, educação e cultura na era digital".

Segue o resumo da programação. Mais detalhes podem ser econtrados no site do evento (aqui).

Quarta-feira, 6 de maio 9h às 13h
Pré-Evento/ SeminárioTema: “O que ameaça a liberdade de imprensa no Brasil? E quem a imprensa ameaça?”
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e com a presença do Ministro Franklin Martins
Promoção: Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio de Janeiro), a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), a Escola de Comunicação da UFRJ e o Intercom Sudeste 2009.
Participantes: Prof. Júlio César Pompeu (UFES), Elvira Lobato (Folha de São Paulo e ABRAJI), André de Carvalho Ramos - Procurador Regional da República, Gustavo Gindre (Intervozes), Ministro Franklin Martins (jornalista e Ministro de Comunicação Social), Giancarlo Summa (Centro de Informações das Nações Unidas/UNIC), Guilherme Canela (UNESCO), Profa. Ivana Bentes (Diretora da ECO/UFRJ) e Desembargador Siro Darlan.
Local: Auditório Pedro Calmon/Fórum de Ciência e Cultura

Quinta-feira, 7 de maio 8h às 15h
Credenciamento
Local: Fórum de Ciência e Cultura

9h às 12h – EXPOCOM
Local: Salas da Escola de Comunicação

14h às 17h – DIVISÕES TEMÁTICAS E INTERCOM JÚNIOR
Local: Salas da Escola de Comunicação

17h30 – SOLENIDADE DE ABERTURA
Local: Auditório Pedro Calmon – Fórum de Ciência e Cultura

18h às 21h – CONFERÊNCIA DE ABERTURA
Tema: Comunicação, Cultura e Educação na Era Digital
Palestrante: Muniz Sodré
Debatedores: Marialva Barbosa (Intercom Nacional) e Ivana Bentes (Diretora da ECO/UFRJ
Local: Auditório Pedro Calmon – Fórum de Ciência e Cultura18h às 22h – OFICINASLocal: Salas da Escola de Comunicação

Sexta-feira, 8 de maio 8h às 15h
Credenciamento
Local: Fórum de Ciência e Cultura

11h às 12h30 – Oficina "Linguagens e Desafios do Jornalismo Esportivo na Internet" com Gustavo Poli, editor-chefe do GloboEsporte.com

9h às 12h – EXPOCOM
Local: Salas da Escola de Comunicação

14h às 17h – DIVISÕES TEMÁTICAS E INTERCOM JÚNIOR
Local: Salas da Escola de Comunicação

17h às 18h – LANÇAMENTO DE LIVROS
Local: Hall do Fórum de Ciência e Cultura

18h às 21h – PAINEL
Tema: Revoluções na Comunicação: o midialivrismo, o copyleft e as redes
Palestrantes: Sérgio Amadeu (Cásper Libero/SP), Ivana Bentes (ECO/UFRJ) e Francisco Paoliello Pimenta (UFJF)
Local: Auditório Pedro Calmon – Fórum de Ciência e Cultura

18 às 22h – OFICINAS
Local: Salas da Escola de Comunicação

Sábado, 9 de maio 8h às 12h
Credenciamento
Local: Fórum de Ciência e Cultura

9h às 12h – EXPOCOM
Local: Salas da Escola de Comunicação

9h às 12h – DIVISÕES TEMÁTICAS E INTERCOM JÚNIOR
Local: Salas da Escola de Comunicação

9h às 12h – PAINEL
Tema: Formação para a Mídia: o novo perfil dos profissionais de comunicação na Era Digital
Palestrantes: Claudia Lahni (UFJF), Fábio Malini (UFES), Afonso Albuquerque (UFF)
Local: Auditório Pedro Calmon – Fórum de Ciência e Cultura

14h às 17h – ENCERRAMENTO
Local: Auditório Pedro Calmon – Fórum de Ciência e Cultura

14h às 15h – Premiação da Expocom

15h às 16h – Entrega dos Prêmios Intercom Sudeste 2008

16h às 17h – Solenidade de encerramento

17h30 às 19h30 – ATIVIDADE CULTURAL
Local: Sala Vianinha ou Galpão

Endereço:Escola de Comunicação da UFRJ
Palácio Universitário da Praia Vermelha
Av. Pasteur, 250 - fundos
Urca - RJ (esquina com Av. Venceslau Brás)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Aula Debate


Pro Dia Nascer Feliz
João Jardim – 2006


Sinopse


As adversas situações que o adolescente brasileiro enfrenta dentro da escola. Meninos e meninas, ricos e pobres em situações que revelam precariedade, preconceito, violência e esperança. Em três estados brasileiros, em classes sociais distintas, adolescentes falam da vida na escola, seus projetos e inquietações numa fase crucial de sua formação. Professores também expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades e da violência no país a partir da realidade escolar. Prêmio especial do júri no Festival de Gramado 2006.





1.0 Questões levantadas no documentário


- Registro e acompanhamento de casos particulares de alunos e professores da rede privada e pública de ensino.

- Diferenças socias.

- Juventude violenta.

- Falta de recursos nas escolas da rede pública.

- Dificuldades encontradas pelos professores no exercício da profissão e na relação com alunos.

- Influência direta da vida pessoal de alunos da rede pública na sua vida escolar.

- Qual o real papel da escola?



2.0 Opiniões levantadas em sala


- Filme direcionado.

- Visão preconceituosa no tratamentos das diferenças entre rede pública e particular.

- O tema educação é pouco discutido durante o filme.

- O filme aborda muitos temas de maneira superficial.

- Muitos estereótipos e poucas opiniões lúcidas e embasadas.

- Modelo de educação das escolas particulares é direcionado as elites, mais exigente quanto a aplicação e absorção de conteúdo, possibilitando assim, a manutenção das diferenças sociais.

- Banalização dos problemas dos alunos da escola particular.

- Quem fala – o jovem ou o diretor?

- Foco na relação aluno x professor.


E você, tem algo mais a acrescentar a este debate? Comente!


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Wikiducação

Como sugerido pela professora, estou postando o vídeo junto com os sites sobre o projeto / instituição (vá entender) porque ela disse que pode virar tema de discussão em sala de aula. Aí vão:

- http://www.educartis.com.br/
- http://wiki.educartis.com/

Professor sem preparo trava uso de computador em escola

ELVIRA LOBATO
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio

A implantação de laboratórios de informática em todas as escolas públicas do país até o fim de 2010, prometida pelo governo Lula, esbarra no despreparo dos professores para usar o computador e na falta de manutenção dos equipamentos e das instalações, responsabilidade de Estados e municípios.

É o caso de Almenara (MG), onde os 15 computadores da escola estadual Angelina Nascimento são usados apenas por cerca de 15 horas ao mês. Motivo: os professores temem quebrar as máquinas.

Desde 1997, o ProInfo (programa de informatização das escolas, do Ministério da Educação) já investiu R$ 726 milhões. Os gastos crescem anualmente. Só no ano passado, eles chegaram a R$ 317 milhões (1% do orçamento do MEC).

O percentual de escolas públicas com laboratório de informática também cresceu. De 1999 a 2006, passou de 46% para 63% no ensino médio e de 8% para 19% no fundamental.

A falta de qualificação dos professores, porém, coloca em risco o investimento feito, diz Flávio de Araújo Barbosa, presidente para a Região Nordeste da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

Em São Gonçalo do Amarante (CE), onde Barbosa é secretário de Educação, só 3 dos 479 professores da rede municipal receberam treinamento. Segundo ele, a situação é mais grave no Norte e no Nordeste.

Por duas semanas, a Folha entrevistou diretores de escolas em nove Estados para avaliar a utilização dos laboratórios. A maioria das escolas relata subutilização de equipamentos, seja por falta de conhecimento técnico do professor para orientar alunos, seja porque as máquinas estão danificadas ou são insuficientes. Até professores com pós-graduação se dizem despreparados para usar a informática no ensino.

Grande parte dos professores não tem computador em casa, o que os distancia ainda mais da tecnologia. Essa pouca familiaridade com o computador é relatada por Maria Aparecida Silvestre, diretora da escola estadual Maria Socorro Aragão, de Monteiro (PB).

Sua escola recebeu do governo federal um laboratório com 20 computadores no ano passado, mas eles estão sem uso porque não chegou a antena para a conexão à internet.

"Várias escolas têm computadores novinhos e praticamente sem uso porque os professores não sabem usá-los como ferramentas de ensino. Sou professora, com pós-graduação em língua portuguesa, e enfrento essa dificuldade. O pouco que sei, aprendi de curiosa, de ficar mexendo na internet", diz Dilma Santos, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação da região de Almenara (MG).

A segunda causa da baixa utilização é a falta de manutenção das máquinas ou de adaptação dos imóveis para abrigar os equipamentos. Até escolas feitas para servirem de modelo sofrem com o problema.

Em Irecê, no sertão baiano, o Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, com 1.400 alunos, recebeu 21 computadores em 1999. A diretora, Gilma Flávia, afirma que os professores fizeram capacitação, mas isso pouco adiantou porque "os computadores viraram dinossauros". O laboratório está fechado desde o final do ano passado.

Em Dias D'Avila, município a 50 km de Salvador, o laboratório da escola estadual Edilson Souto Freire está fechado porque a rede elétrica não suportaria o uso. "De 2007 para cá, não fez diferença ter ou não o laboratório, porque ele fica permanentemente fechado", afirma o vice-diretor Dênis Barros.

A manutenção é falha também nas regiões ricas, como em Valinhos (SP), onde os 15 computadores da escola municipal Franco Montoro --doados por uma multinacional-- estão quebrados. O secretário de Educação, Zeno Ruedel, admite que a manutenção não chega com a velocidade necessária, e que os cursos para capacitação dos professores existem "em grau muito pequeno".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que caracteriza o tempo em que vivemos?

No encontro da semana passada, conversamos um pouco sobre o momento em que estamos vivendo e que recebe denominações diversas: "Sociedade da informação", "Sociedade do conhecimento", "Sociedade de rede", "Sociedade midiatizada", "Era do acesso", etc. Listamos, coletivamente, algumas características relacionadas a comunicação, conhecimento e juventude, que, na opinião da turma, fazem parte do tempo presente:

- Acesso (desigual) a muitas informações, de forma não-sistematizada. A quantidade de informações em circulação pode, por um lado, conduzir a um conhecimento superficial, mas, por outro, abre a possibilidade para a construção de conhecimento aprofundado sobre as questões, dependendo das ferramentas disponíveis e das competências dos sujeitos envolvidos.
- Comunicação instantânea entre pessoas de todo o mundo.
- Facilidade para a construção colaborativa de conhecimento.
- "Mito" da interatividade.
- Facilidade para a troca de bens culturais, produzidos por "profissionais" e "amadores".
- Convergência de mídias.
- Pouca participação política.
- Desilusão com a política partidária.
- Novas e fragmentadas formas de participação na esfera pública.
- Informalidade e precarização do mercado de trabalho.
- Grande preocupação dos jovens com emprego.

Diante deste quadro, questionamos: qual o papel da educação (da escola fundamental e das universidades) nos dias de hoje?

Este tópico será discutido no encontro da próxima terça, 14/04. Até lá!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Parabéns, calouros de 2007

Mais de 1,5 milhão de jovens brasileiros começam neste mês a derradeira etapa de sua educação. Meus parabéns! O grande problema que vocês vão enfrentar é que o conhecimento humano está dobrando a cada nove meses. Seguindo esse raciocínio, dois anos depois de formados, entre 60% e 80% de tudo o que vocês aprenderam estará obsoleto, dependendo da profissão. Isso se seus professores ensinarem o que há de mais novo em sua especialidade, o que nem sempre acontecerá.

Vocês provavelmente encontrarão três tipos de professor. Os ultraconservadores, que ainda ensinam "conhecimentos" de 1880. Na realidade, dogmas de um mundo que não existe mais. Percebam como vocês encontrarão muito poucos professores que se definem como neoliberais, neomarxistas, neofreudianos ou neo alguma coisa. Neo significa novo. No fundo, não são progressistas como dizem, mas ultraconservadores. Acham que o mundo não mudou ou então pararam no tempo, como todo conservador.

Outro grupo de professores é o dos enganadores, aqueles que não se atualizam e dão aulas mesmo assim. Não se reciclam há anos, ensinam o que era novo dez anos atrás. Ou, pior, ensinam as mesmas coisas que eles próprios aprenderam quando estudavam. Se tiverem sorte, vocês também encontrarão um pequeno grupo de professores criativos e visionários, que criam e mostram como será o mundo de amanhã. São eles que vão inspirá-los a tentar fazer o que ninguém fez antes, são eles também que inspiraram quase todos os jovens que inventaram esses sites na internet.

O que muitos de seus professores ainda não perceberam é que o conceito de conhecimento humano mudou. Não existe mais o conhecimento perene, guardado a sete chaves, restrito às "lides acadêmicas". As universidades não são mais as "casas do saber", as "catedrais do conhecimento", como muitas se autodefinem. Hoje, o conhecimento humano é de curta duração, poderíamos até dizer descartável, usado duas ou três vezes e jogado fora, quando não faz mais sentido guardá-lo. Isso os obrigará a repensar e a gerar novo conhecimento, porque provavelmente o futuro precisará de soluções nunca vistas.

Estou exagerando um pouco para que vocês entendam aonde quero chegar. O importante é vocês aprenderem a criar conhecimento, e não somente a usar o conhecimento do passado. Eu utilizo o termo administrativo "conhecimento just in time". Vocês terão muitos problemas a resolver, e terão de saber como analisá-los, gerando uma solução ou "conhecimento" apropriado, que não necessariamente servirá para o resto da vida. Daqui a alguns anos, a situação será outra, requerendo nova análise e solução.

Que algumas coisas são perenes, como 2 + 2 = 4 e muitas leis da física, não há a menor dúvida. Mas o que estou sugerindo é que vocês tomem o cuidado de sempre questionar seus professores, para se certificar de que o conhecimento do passado será de fato útil no futuro. Max Weber, Keynes e Freud escreveriam a mesma coisa se estivessem vivos hoje? É isso que vocês precisam descobrir. Até pode ser que sim, mas é melhor desconfiar sempre.

O que eu peço a vocês, calouros de 2007, é que se concentrem em como gerar conhecimento. Como observar, como identificar variáveis relevantes, os personagens vitais do problema e os interesses. Como analisar alternativas e tomar decisões. Usei muito pouco das teorias que me ensinaram na faculdade. Meu sucesso profissional foi devido muito mais ao conhecimento que eu próprio gerei, que eu mesmo criei, do que às teorias e técnicas que mal me ensinaram.

A "faculdade" que vocês precisam adquirir é a da criação, da criatividade, da geração de conhecimento, e não a da erudição, do academicismo ou a da decoreba que se alastra pelo país.

Infelizmente, vocês terão de agradar aos dois primeiros tipos de professor repetindo o passado que eles querem ouvir, senão não serão aprovados. Mas aproveitem os próximos quatro ou cinco anos procurando e prestigiando os professores criativos, aqueles que de fato pesquisam o futuro e não somente o passado, e juntos criem o conhecimento para resolver os problemas atuais do Brasil, e mandem-nos para mim ou coloquem na internet.
Saibam distinguir quem é quem, e boa sorte!
---

- texto de Stephen Kanitz, formado pela Harvard Business School (www.kanitz.com.br)

Revista Veja, Editora Abril, edição 1996, ano 40, nº 7, 21 de fevereiro de 2007 página 18

terça-feira, 7 de abril de 2009

Educação 2.0

Uma palestra de Luli Radfahrer sobre Educação 2.0

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Educação + Comunicação

Em nosso terceiro encontro, construímos juntos um quadro com as vantagens e desvantagens (ou problemas) da utilização da comunicação nos processos educativos. A participação dos alunos foi intensa. O quatro ficou dividido em três categorias:

1) Comunicação como produto - Educação com os meios: prevê o uso da comunicação como ferramenta didática, auxiliar ao conteúdo da disciplina, tirando o maior proveito de cada linguagem, agregando prazer e dinamismo à aprendizagem, e familiarizando os jovens com a cultura midiática.

2) Comunicação como produto - Educação para os meios: levar para a sala de aula a análise dos processos de comunicação e a reflexão sobre os conteúdos da mídia, formando leitores, espectadores e internautas mais críticos.

3) Comunicação como processo - Educação pelos meios: implica na produção de mídia com ou pelos alunos, num processo colaborativo, valorizando o protagonismo do jovem na construção do conhecimento e sua participação social, a serviço de qualquer projeto de trabalho e de qualquer tipo de conteúdo.

Comunicação como produto
Educação com os meios
Vantagens
- prender a atenção dos alunos
- estimular debates
- trazer para a sala de aula temas/abordagens que não estão nos livros didáticos
- atrair os alunos por suas habilidades específicas (musical, audiovisual, auditiva, etc.)
- promover a transversalidade

Problemas
- dispersar a atenção dos alunos
- subutilizar ou utilizar de forma instrumental a comunicação
- estimular pouco a visão crítica dos alunos sobre a mídia
- dificuldade de separar educação de entretenimento (ausência de uma finalidade educativa)*

Educação para os meios

Vantagens
- desenvolver a capacidade de crítica (conteúdo e linguagem)
- desenvolver autonomia
- atrair os alunos por suas habilidades específicas (musical, audiovisual, auditiva, etc.)
- promover a transversalidade
- promover a interdisciplinaridade
- desenvolver a capacidade de expressão e de argumentação

Problemas
- confundir análise crítica com doutrinação ideológica
- falta de preparação dos professores para esta tarefa
Comunicação como processo

Educação pelos meios
Vantagens
- prender a atenção dos alunos
- estimular debates
- trazer para a sala de aula temas/abordagens que não estão nos livros didáticos
- atrair os alunos por suas habilidades específicas (musical, audiovisual, auditiva, etc.)
- promover a transversalidade
- promover a interdisciplinaridade
- desenvolver a capacidade de crítica (conteúdo e linguagem)
- desenvolver autonomia
- produzir abordagens alternativas aos assuntos que circulam na mídia
- desenvolver a auto-estima
- colocar o aluno como ator/sujeito da educação
- desmistificar a produção de mídia
- possibilitar mudanças nas relações de poder na escola (professor/aluno, aluno/direção, professor/direção, etc.)
- desenvolver uma série de competências (leitura e escrita, expressão artística, expressão oral, capacidade de argumentação, habilidades técnicas, responsabilidade, compromisso, trabalho em grupo, etc.)

Problemas
- falta de preparação dos professores
- falta de equipamentos
- necessidade de reformulação ou flexibilização do currículo

* Este item gerou bastante polêmica em sala, muita gente não concordou que haja a separação entre finalidade educativa e finalidade de entretenimento. Voltaremos a esse assunto em outro momento do curso.